Vítimas
O gato reinava no terraço
Entre hidrângeas, sardinheiras e
Muros, silencioso e súbito
Na ferida que rasgaria
Algum gorjeio. Muitas mortes de asa
Incauta, na cobiça de larvas ou
insectos
Em sucessivos Maios, justificaram
O folgo das garras, o espinho
Certeiro entre veludos. Agora
Que se foi o vivaz caçador, na garra
Letal dos anos, novos bandos
de partias inundam
o terraço sem o gato.
Inês
Lourenço
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